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Portugal

Portugal, oficialmente República Portuguesa, é um país soberano unitário localizado no sudoeste da Europa, cujo território se situa na zona ocidental da Península Ibérica e em arquipélagos no Atlântico Norte. O território português tem uma área total de 92 090 km², sendo delimitado a norte e leste por Espanha e a sul e oeste pelo oceano Atlântico, compreendendo uma parte continental e duas regiões autónomas: os arquipélagos dos Açores e da Madeira. Portugal é a nação mais a ocidente do continente europeu. O nome do país provém da sua segunda maior cidade, Porto, cujo nome latino-celta era Portus Cale.O território dentro das fronteiras atuais da República Portuguesa tem sido continuamente povoado desde os tempos pré-históricos: ocupado por celtas, como os galaicos e os lusitanos, foi integrado na República Romana e mais tarde colonizado por povos germânicos, como os suevos e os visigodos. No século VIII, as terras foram conquistadas pelos mouros. Durante a Reconquista cristã foi formado o Condado Portucalense, estabelecido no século IX por Vímara Peres, um vassalo do rei das Astúrias. O condado tornou-se parte do Reino de Leão em 1097, e os condes de Portugal estabeleceram-se como governantes independentes do reino no século XII, após a batalha de São Mamede. Com o estabelecimento do Reino de Portugal em 1139, cuja independência foi reconhecida em 1143. Em 1297 foram definidas as fronteiras no tratado de Alcanizes, tornando Portugal no mais antigo Estado-nação da Europa. Nos séculos XV e XVI, como resultado de pioneirismo na Era dos Descobrimentos , Portugal expandiu a influência ocidental e estabeleceu um império que incluía possessões na África, Ásia, Oceânia e América do Sul, tornando-se a potência económica, política e militar mais importante de todo o mundo. O Império Português foi o primeiro império global da História e também o mais duradouro dos impérios coloniais europeus, abrangendo quase 600 anos de existência, desde a conquista de Ceuta em 1415, até à transferência de soberania de Macau para a China em 1999. No entanto, a importância internacional do país foi bastante reduzida durante o século XIX, especialmente após a independência do Brasil, a sua maior colónia. Com a Revolução de 1910, a monarquia terminou, tendo desde 1139 até 1910, 34 monarcas. A Primeira República Portuguesa foi muito instável, devido ao elevado parlamentarismo. O regime deu lugar à ditadura militar devido a um levantamento em 28 de maio de 1926. Em 1933, um novo regime autoritário, o Estado Novo, presidido por Salazar até 1968, geriu o país até 25 de abril de 1974. A democracia representativa foi instaurada após a Revolução dos Cravos, em 1974, que terminou a Guerra Colonial Portuguesa. As províncias ultramarinas de Portugal tornaram-se independentes, sendo as mais proeminentes Angola e Moçambique. Portugal é um país desenvolvido, com um Índice de Desenvolvimento Humano considerado como muito elevado. O país foi classificado na 19.ª posição em qualidade de vida , tem um dos melhores sistemas de saúde do planeta e é, também, uma das nações mais globalizadas e pacíficas do mundo. É membro da Organização das Nações Unidas , da União Europeia , da Organização do Tratado do Atlântico Norte , da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico e da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa . Portugal também participa em diversas missões de manutenção de paz das Nações Unidas.

Patriarcado de Lisboa

São Vicente (Lisboa)

O Patriarcado de Lisboa é uma circunscrição eclesiástica da Igreja Católica em Portugal com sede em Lisboa. O título de Patriarca é atribuído ao prelado de Lisboa desde 1716. O Patriarcado foi ereto inicialmente como diocese no século IV. Em 10 de novembro de 1393 a Diocese de Lisboa foi elevada à condição de Arquidiocese Metropolitana. Torna-se Sé Patriarcal no dia 7 de novembro de 1716, o que consubstancia a máxima dignidade honorífica atribuível pela Igreja Católica a uma arquidiocese. Com a atribuição da dignidade Patriarcal ao Arcebispo de Lisboa, este ultrapassa finalmente em importância o Arcebispo de Braga que, com o título de Primaz das Espanhas, foi até 1716 o mais elevado clérigo existente em Portugal. Por privilégio concedido por bula pontifícia o Patriarca de Lisboa é sempre nomeado cardeal pelo Papa no primeiro consistório realizado após a sua elevação à prelazia lisbonense ou, caso exista um Cardeal-Patriarca Emérito, após este perder a sua condição de Cardeal Eleitor. Após a elevação ao título de Cardeal o Patriarca de Lisboa adota o título de Cardeal-Patriarca. É um dos raros Patriarcados residenciais da Igreja Católica de rito latino, em conjunto com o Patriarcado de Veneza e o Patriarcado latino de Jerusalém, existindo somente mais um Patriarcado titular, o Patriarcado das Índias Orientais. O atual Patriarca de Lisboa é D. Manuel Clemente, que tomou posse canónica do cargo a 6 de julho de 2013 e fez a entrada solene no Patriarcado no dia seguinte, 7 de julho de 2013, após o que tem o título de D. Manuel III, 17.º Patriarca de Lisboa. São Bispos Auxiliares de Lisboa D. Joaquim Augusto da Silva Mendes, S.D.B., e D. Daniel Batalha Henriques . Era antigamente a Coroa portuguesa que exercia o seu padroado.

Praça do Comércio

Santa Maria Maior (Lisboa)

A Praça do Comércio, antigamente Terreiro do Paço, é uma praça da Baixa de Lisboa situada junto ao rio Tejo, na zona que foi o local do palácio dos reis de Portugal durante cerca de dois séculos e que hoje está parcialmente ocupada por alguns departamentos governamentais. É uma das maiores praças da Europa, com cerca de 36 000 m² .É considerada um símbolo histórico do poder político e manifestação da capitalidade em Portugal. Esta simbologia é geralmente associada ao centralismo do Estado. Em 1511, o rei D. Manuel I transferiu a sua residência do Castelo de São Jorge para este local junto ao rio. O Paço da Ribeira, bem como a sua biblioteca de 70 000 volumes, foram destruídos pelo terramoto de 1755. Na reconstrução, coordenada por Eugénio dos Santos, a praça tornou-se no elemento fundamental do plano do Marquês de Pombal. Os edifícios que envolvem a praça foram, durante décadas, utilizados por diferentes ministérios e outras instituições públicas. Hoje a sua utilização está dividida entre departamentos governamentais, atividades culturais e promocionais, hotéis, restaurantes e cafés. É num dos edifícios da praça que se encontra o famoso café Martinho da Arcada, o mais antigo de Lisboa, e um dos preferidos de Fernando Pessoa. Após a Revolução de 1910 os edifícios foram pintados a cor-de-rosa. Contudo, voltaram recentemente à sua cor original, o amarelo. O lado sul, com as suas duas torres quadradas, está virado para o Tejo. Foi durante muito tempo a entrada nobre de Lisboa e, nos degraus de mármore do Cais das Colunas, vindos do rio, desembarcaram e foram recebidos chefes de estado e outras figuras de destaque. No centro da praça, vê-se a estátua equestre D. José, erigida em 1775 por Joaquim Machado de Castro, o principal escultor português do século XVIII. No lado norte da praça, encontra-se o Arco Triunfal da Rua Augusta, a entrada para a Baixa. A área serviu como parque de estacionamento até à década de 1990, mas hoje este vasto espaço é usado para eventos culturais e espectáculos.